Baltasar Gracián, um dos grande escritores do barroco espanhol, viveu entre 1601 e 1658.
” A arte da prudência” foi escrito em 1647 com a intenção de ofercer aos seus contemporâneos uma espécie de guia que lhes ajudasse a enfrentar os embates do dia a dia.
No trecho a seguir, fica claro que sua obra ainda é muito atual:
O homem prudende pode ser obrigado a lutar, mas não com jogo sujo: cada um deve agir como quem é e não como o obrigam.
Na competição, a elegância é plausível :deve-se lutar não somente com poder, mas também com descência. Vencer com a maldade não é vitória, mas rendição. A generosidade sempre foi superior.
O homem de bem nunca usa armas proibidas. Como, por exemplo, usar os conhecimentos sobre o amigo com quem brigamos para alimentar o ódio recém nascido.
Não se deve usar a confiança para a vingança.
Tudo o que cheira a traição contamina o bom nome. Nas pessoas de espírito elevado, qualquer átomo de baixeza é muito estranho. É melhor pensar que, se a elegância, a generosidade e a fidelidade se perdessem no mundo, deveriam ser procuradas em seu peito.