Quando vejo perco a pretensão de ser portador de qualquer verdade, apenas porque agora eu vivo nela, naquela verdade que não cabe em palavras, que não é dos cristãos, nem dos judeus, muçulmanos, budistas, taoistas ou ateus. Nem dos cientistas, nem dos filósofos, nem dos mestres. Ela não é minha nem sua.
A verdade que supera meus códigos e me salva da loucura de pensar que “agora eu sei”. Quanto mais aprendo, menos sei, menos arrogante, menos ansioso e tudo por uma única razão: aprender implica em assumir que não sabe, em esvaziar-se e, humildemente, entregar-se ao mistério e a perplexidade de existir.