A maioria das pessoas se envergonha de quem é.
Prova disso é que muito do que reconhecemos no outro, de fato são reflexos da auto idealização projetado em um esteriótipo de comportamento.
Nos ideais, fala, postura, trejeitos…na tentativa de mostrar para o lado de fora, aquilo que, olhando de dentro sei que não é.
Por isso a preocupação em manter a imagem, lustrar a aparência sabendo que, de fato, o que geralmente se consome são projeções que dificilmente correspondem ao que somos.
Não gostamos de nós mesmos.
É como se tentássemos corresponder as pseudo expectativas do próximo a medida em que me adequo ao que julgo ser aceito pela media como bom e virtuoso.
No fundo é assim, mesmo para aqueles que escolhem o que é “feio” e não aceito como bandeira na tentativa de mostrar falta de compromisso com o estético. Tudo para fora, fruto de complexo e insegurança.
Tenho um amigo que diz que ” a maioria das pessoas não seria amiga de si mesmos se tivessem que se-lo”
Conhecer a si mesmo demanda desprendimento e a consciência de que as vezes dói.
Quando você abre mão de se auto justificar e, a partir disso, produzir demandas que continuamente tentarão “livrar sua barra”, entende que nem sempre o caminho é reto; mas mesmo assim vale a pena.
Se você prestar atenção, verá que, de um jeito ou de outro, é incentivado a não olhar no espelho, como se bastasse a performance e nada mais.
Acontece que não conseguimos lidar com o personagem nas vinte e quatro horas do dia e chega uma hora em que temos que nos encarar.
Por isso, o ideal é que esse enfrentamento seja diário.
Acostume-se a reavaliar suas motivações, olhando para dentro, e discernindo o que se passa no coração.
Definitivamente abra mão da culpa de não ser quem gostariam que fosse. Primeiro entenda quem vive aí nesse corpo e, quando aprender a gostar de sí mesmo, naturalmente os outros gostarão.
A questão é que ninguém gosta do que é falso.
Esqueça o projeto de ser perfeito e encontre na sua fraqueza força e virtudes.
Somos assim: falhos, ambíguos, contraditórios sempre ! Mas feliz aquele que reconhece na sua humanidade matéria prima para, apesar de ser quem é, salgar o ambiente em que vive.
Seja tempero. Olhe a si mesmo, aprenda a se amar.
Apesar das curvas, declives e buracos, vamos em frente, com tolerância, sabedoria e discernimento.
Enquanto prossegue, perceba que não está sozinho e que melhorar é objetivo de todos nós.
É bom ter você pelo caminho.